Eu sou uma pessoa vaidosa
vivo na superficialidade
que no verso e na prosa
é tudo uma falsidade.
Eu olho demais o espelho
um reflectir de imagem
seja de novo ou de velho
de beleza ou de linhagem.
Olho pró meu cabelo
como a crina de um cavalo
tudo o que tem de belo
é só aquilo que falo.
Olho pró meu fato
com orgulho e satisfação
mas o que me resta de facto
é desconhecer a questão.
3/10/95