quarta-feira, 16 de janeiro de 2008

As Rosas

As Rosas amo dos jardins de Adónis,

essas volucres amo, Lídia, rosas,

que em o dia em que nascem,

em esse dia morrem.

A luz para elas é eterna, porque

nascem nascido já o sol, e acabam

antes que Apolo deixe

o seu curso visível.

Assim façamos nossa vida um dia,

inscientes, Lídia, voluntariamente

que há noite antes e após

o pouco que duramos.

Ricardo Reis